terça-feira, 8 de setembro de 2009

Festival de Miracema. Como tudo começou....

PARTE II

Pra encerrar, vou contar um caso sobre o IIIºFestival. A liberação pela Censura Federal de uma das músicas classificadas. É...tinha isso.
Eu fui o encarregado de liberar as músicas na Censura Federal (1971). Existia uma música, de nome original "Pô!...Arrego!!!", de autoria de um rapaz acho que de Itaperuna, que a censora não liberou. A senhora riscou toda a música...de cara o nome por causa do "PÔ". Ela não admitia. Vejam os cortes (vou colocar os pedaços aqui):

"...sexo...plexo...complexo" (não podia falar sexo)
"... que beleza!..."não existe mais tristeza"... água e pão por sobre a mesa, requeijão de sobremesa" (segundo ela "pão e circo" da ditadura militar...não podia).
"....é a princesa entrando na igreja aos empurrões..."
"....muitos prendem, uns se vendem, uns se rendem, uns se entendem, uns atendem..." (nada disso podia)

Todo o refrão:

Pô! Arrego!, que vida mais agitada
Não existe mais sossego
Me salva ó minha amada!

Gastei todo meu latim (que nunca estudei) para convencer a jovem senhora (que até hoje não sei o que era....delegada...censora...simples funcionária) pra poder receber o carimbo de 'APROVADA'.
Eu consegui mas mesmo assim ela ainda mudou o nome da música...tirou o P e a música ficou com o nome "Ô! ARREGO!". Vejam só....rsrsrsrs

Publicada no Orkut em 04/09/2005

Nessa época a delegacia ficava ali ao lado das barcas, na Praça Quinze, perto daquele restaurante verde (eu acho) e redondo, charmoso, que tinha (ou ainda tem?) ali... Um predio antigo... hehehehehehehehe
O "pô" estava em voga (essa é nova hein....hehehehehehe) por causa do Pasquim que "ousou' em 1969, publicar aquela sensacional entrevista com a Leila Diniz, cheia de palavrões (palavrões ????!!!! Hehehehehehe...) e que ficou famosa. Vou ver se consigo essa entrevista pra colocar aqui... afinal esse blog é quase um museu.... hehehehehehe

Gilson Coimbra

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