quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Por falar em querer ser artista... hehehehehehehe

Artista não... pintor... hoje "artista plástico". Nos dias atuais se rotula tudo...
Claro que eu não entendo nada de arte.... mas a arte é pra se entender realmente ? Ou a arte seria aquilo que achamos que seja ? Hoje tudo é arte ? Sei lá como responder...hehehehehehe. Deixo pra voces julgarem depois dos vídeos que estou colocando...

Primeiro uma brincadeira de Zeca Baleiro & Zé Ramalho, chamada "Bienal". Fui lá no You Tube e achei esse vídeo abaixo que retrata bem tudo isso. O autor do video figurou tudo muito bem...parabéns pra ele também...
É só prestar atenção na letra, qdo o "artista" tenta explicar com um linguajar "moderno/rebuscado" (sei lá) a sua obra de arte, enquanto a mãe dele, mais simples, não consegue "entender o sub-texto da arte desmaterializada do presente contexto".... hehehehehehehehehehe
Pois é... isso aí eu acho arte popular... a critica do artista...bem humorada.... bem feita... citando até Basquiat .... o movimento art noveau .... usando coisas estranhas como "pão dormido e asa de barata, torta..."
Muito bom....




Bienal

Zeca Baleiro

Composição: Zeca Baleiro / Zé Ramalho

Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta

Meu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
calcado da revalorização da natureza morta

Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"

Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno

Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana

Com a graça de Deus e Basquiat
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana

Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina

Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da silibrina
Desintegro o poder da bactéria

Com o clarão do raio da silibrina
Desintegro o poder da bactéria


Aí eu vejo na TV isso aqui.... hehehehehehehehe.... sucesso absoluto os quadros do Macaco Xico. Ficção, claro !!!! Mas cá pra nós, o macaco é artista... a cena dele no final consolando o cara... hehehehe



Ficção ? Mas, e aqui ?



Gilson Coimbra

Um comentário:

  1. Eu vi esta cena da novela, não estava no roteiro!!! Foi muito bacana!!!

    bjs, Mila

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