"...Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?..."
"...Há um alguém na multidão
Que vai lhe adorar com devoção.
Há um alguém na solidão
Que vai lhe entregar com amor O seu coração. .."
Estava ouvindo "Eduardo e Mônica" ,do Renato Russo, e fiquei pensando como o amor chega sem esperar e não exige condições...
Me lembrei de outro sucesso antigo, do tempo da Jovem Guarda, "Alguém na Multidão", do Rossini Pinto, sucesso dos Golden Boys...
Quem é mais velho como eu se lembra do sucesso que foi... hehehehehe
O amor aparece quando a gente menos espera... é ou não é....
Aqui as duas músicas para vocês curtirem....
A mais antiga....
ALGUÉM NA MULTIDÃO
(Rossini Pinto)Golden Boys
Se você perdeu um amor como eu,
Alguém que você nunca jamais entendeu,
Pra que lamentar o que aconteceu,
Há um outro alguém esperando você.
Há um alguém na multidão
Que vai lhe adorar com devoção.
Há um alguém na solidão
Que vai lhe entregar com amor
O seu coração.
Se a vida tem sido má pra você,
Se o destino ingrato lhe faz padecer,
Não chores nunca mais!
Você vai ser feliz!
Ouça com atenção estes versos que eu fiz:
Há um alguém na multidão
Que vai lhe adorar com devoção.
Há um alguém na solidão
Que vai lhe entregar com amor O seu coração.
************************************
Agora a do Legião Urbana....
Nada mais diferente do que o jeito de cada um... os gostos e/ou manias dele e dela "nunca poderiam dar certo"
Pois é....
Eduardo E Mônica
Compositor: Renato Russo
Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade
Como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
- Tem uma festa legal e a gente quer se divertir
Festa estranha, com gente esquisita
- Eu não estou legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
- É quase duas, eu vou me ferrar
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes
Do Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda estava
No esquema "escola, cinema, clube, televisão"
E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia
Como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro e artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Em que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz
Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação
E quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?
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