sábado, 25 de agosto de 2012

Se fosse fácil...


Eu, como todos que visitam este blog e que moram no Brasil, estão acompanhando a campanha política dos candidatos a vereadores e prefeitos das cidades brasileiras.... 
Quanta promessa !!!! Qualquer que seja o partido, o sexo,  a qualificação, a experiência com as coisas públicas - ou privadas,tanto faz - o que vemos são promessas... 

Poderiam, pelo menos, prometer que iriam TENTAR resolver... Mas não, a maioria - se não 100% - prometem RESOLVER os problemas da Saúde Pública, do Ensino Público e da Segurança Pública.Principalmente estes segmentos. 

Criam "slogans"... musiquinhas (umas até legais mas outras até com erros de português... hehehehe... mas como sou chato !!!!) que enchem os ouvidos do povo diariamente...

Será que acham que acreditamos ??? Será que existe mesmo quem acredita ??? Será que o errado sou eu ??? Será que não haveria um jeito mais sincero de se fazer uma campanha ??? Será que tem que ser assim mesmo e eu é que não entendo nada de campanha política ???

Eu tenho a impressão que a última pergunta é a correta... tinha muita vontade de, um dia, conversar com um marketeiro político, de ponta, pra ver o que ele diria pra mim... hehehehehe.

Pior se ele der uma de William Bonner (lembram-se ???)... ou de Pelé ("o brasileiro não sabe votar") e me dizer se aproveita disso e aí "bate" em cima das promessas... hehehehehe

Tem aqueles que acham o contrário, como Hélio Fernandes - veja aqui.

Pior mesmo, e isso eu garanto, é a gente ser proibido de votar... Ter que engolir prefeitos e presidentes nomeados...

O melhor é seguir o que diz Zé Geraldo ( "Como diria Dylan") :


"...Nunca deixe se levar por falsos líderes... todos eles se intitulam porta vozes da razão...pouco importa o seu tráfico de influências... pois os compromissos assumidos quase sempre ganham subdimensão... meu amigo, meu compadre, meu irmão... escreva sua história pelas suas próprias mãos..."

Mas, para os candidatos, uma música do Zé Ramalho... Qualquer que seja nossa origem, as coisas não são tão fáceis de se fazer e por isso mesmo, de prometer...







Filhos do Câncer
Zé Ramalho (com Fagner)

Hoje quero sentir-me, quando deitar-me nas pedras
Como um lagarto que dorme, na incoerência das eras
Sentar-me-ei entre feras e sentirei no seu hálito
A solução das esperas e um sofrimento esquálido
Adormecendo as uvas, reconstruindo em favas
Aconteceram as chuvas, redespertaram em lavas
Compareceram em chamas, estrangularam as falas
Carbonizaram miúdos, perpetuaram-se em galas

Filhos de freud, filhos de marx
Filhos de brecht, filhos de bach
Filhos do câncer, filhos de getúlio
Filhos do carbono, filhos de lampião

Se fosse fácil todo mundo era
Se fosse muito todo mundo tinha
Se fosse raso ninguém se afogava
Se fosse perto todo mundo vinha
Se fosse graça todo mundo ria
Se fosse frio ninguém se queimava
Se fosse claro todo mundo via
Se fosse limpo ninguém se sujava
Se fosse farto todos satisfeitos
Se fosse largo tudo acomodava
Se fosse hoje todo mundo ontem
Se fosse tudo nada aqui restava
Se fosse homem junto com mulher
Se cada bicho fosse como vou
Se fosse tudo claro pensamento
Nesse momento nada se criou




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