sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pois é... Fest Show... Festivais de música...


Hoje estava ouvindo isso... Fiquei pensando sobre o que minha juventude viveu no final dos anos 60. Quanta diferença de hoje !!! Era melhor ou pior ????
Ontem músicas elaboradas... músicas de protesto... compositores que, pra mim, não estão sendo repostos, qualitativamente falando. 

Hoje o sucesso é "Tcha...tchu..tcha... tcherere... tche...tche... ai se eu te pego". Liberdade total... protestar contra o quê ? Está tudo "divino...maravilhoso" ou não ?
Festivais de música... 1968...ditadura militar no início... AI-5 comendo solto.
Aqueles festivais eram uma catarse para o público... podia-se vaiar... aplaudir... afinal era uma multidão...


Ano em que eu chegava a Niterói/Rio de Janeiro... "sem dinheiro no banco/sem parentes importantes/e vindo do interior.."
Mas também "...trazendo na cabeça uma canção do rádio em que um antigo compositor..." paraibano, Geraldo Vandré, já dizia:
"...caminhando e cantando e seguindo a canção... somos todos iguais, braços dados ou não..."

Hoje, depois de tanto tempo, esta frase é uma verdade ??? Um desejo que fosse verdade ??? Ou simplesmente, uma mentira, uma "viagem" ??? Pra mim é uma verdade, apesar do que tenho visto hoje em dia dizer que não... hehehehe
Mas eu cheguei por lá logo depois do III Festival Internacional da Canção que vi pela TV. É... naquela época já tinha televisão... preto e branco... hehehehe

Neste festival, que teve como vencedora a música "Sabiá" de Chico Buarque/Tom Jobim e originando uma vaia monstruosa do público (por isso a fala do Geraldo Vandré no início do vídeo) porque queriam, como vencedora, este hino...."Pra não dizer que não falei das flores"...  


PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES
Compositor: Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Aí... depois de tudo isso... Vandré desmente tudo.... não era nada daquilo. Não era ? Vejam aqui . Impressionante !!!! Impossível desmentir uma letra dessa em uma época daquela !!!! É ou não é ???? Mas....



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