Agora, recebo por e-mail, do meu amigo Renato Mercante (valeu cumpadi!!!) este texto aqui, que reproduzo para a galera pensar sobre ele... achei muito bem escrito e concordo plenamente.
Todos devem se lembrar daquele episódio envolvendo jogadores de futebol do Santos FC em uma visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com paralisia cerebral, para entregar ovos de Páscoa. Uma parte dos atletas, entre eles Robinho, Neymar e Ganso se recusaram a entrar na Instituição. Preferiram ficar dentro do ônibus do clube sob alegação de que eram evangélicos... A este respeito, Ed René Kivitz, pastor evangélico e santista, escreveu o seguinte:
DESÇA DO ÔNIBUS
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço de que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada em ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais da Bíblia e de cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo à igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião.
Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição,a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião.
Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância.A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro, os adoradores de Yahweh e, de outro, os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e os devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas.
E quando você está com o coração cheio de espiritualidade e, não, de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero e, inclusive, religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar -, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e a miséria de uma paralisia mental.
Este texto está em diversos blogs na internet e achei que poderia colocá-lo aqui também...
Leiam e pensem bem sobre o que o pastor diz.....
É preciso saber viver.... Lindo texto, uma grande verdade! E como diz o Papa Francisco.... Quem é da luz não mostra sua religião e sim o seu amor.
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