Quando disse lá no início que na volta da viagem de reconhecimento eu já sabia que queria vir pra cá era pelo fato de ter me impressionado com a força das pessoas que aqui viviam... o modo como me trataram... o desafio. Mas acontece que quando a gente chega, de mudança, pra morar, em um lugar sem coisas básicas, como energia, por exemplo, é duro... Voce quer uma revista pra ler... não tem... uma Tv pra assistir não tem... um rádio pra ouvir... só durante o dia direto de Brasília... ainda bem que tinha o Guilherme, com o motor a diesel do hospital e sua discoteca de MPB...
Mais uma vez Caetano disse: "E foste um difícil começo..." Claro que foi...e como
Quando da viagem da mudança, viemos por outro caminho. Passamos por Minas e por Goiás. No fusquinha, eu, o Altair (pai da Eliane) e o Zé Raça (lá de Miracema). Paramos para dormir em Itumbiara, Goiás. Cidade que naquela época já era grande... mas que pra mim já era distante... hehehehehe.
Um mês depois que estava aqui, ainda em fase de adaptação da mudança brusca de vida, sozinho, tudo estranho, o trabalho era a válvula de escape... vinha eu um dia da vizinha Mirassol D'Oeste, um poeirão dos diabos causado por um outro fusqinha que vinha à minha frente e de repente, um buraco da estrada fez com que os freios fossem usados e aí vislumbrei a placa do possante: "Itumbiara-Go" . Não tive como não pensar:
- "Quem dera eu tivesse ido pra lá... o que vim fazer aqui ?"
Nem pensei na possibilidade de alguém atrás de mim dizer:
- "Cacilda!!! Um maluco do Rio de Janeiro por aqui
Claro que Itumbiara aí poderia ter sido substituida por Cuiabá, por exemplo... hehehehehehe. Era apenas um lamento pela dureza inicial... hehehehehehe
Gilson Coimbra
NORTE FLUMINENSE: HISTÓRIA ECONÔMICA DE SÃO JOÃO DA BARRA A PARTIR DO
SÉCULO XX NARRADA EM LIVRO
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*O* livro "São João da Barra a partir do século XX" discute o processo de
restauração econômica do município depois do fim do primeiro ciclo
portuário (...
Há um dia
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